domingo, 25 de outubro de 2009

Como se salva um animal da extinção?

Texto sugerido por Leonardo Magaldi
Por Thais Sant’Ana
Original: Revista Superinteressante - Outubro/2009
Em http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente


Notícias sobre animais costumam ser más notícias: perda do habitat, problemas com espécies invasoras, caça predatória etc. No meio de tantas desgraças, uma novidade passa despercebida: o homem está conseguindo consertar alguns de seus erros, salvando vários bichos da extinção. No Brasil, inclusive.
"A quantidade de animais brasileiros ameaçados só aumentou porque ampliamos nosso radar. Muitas deixaram a lista", diz Daniela Oliveira, responsável por conservação de biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente.
Cada caso é um caso. O governo chinês não dava bola para o urso panda, e foi preciso que uma ong topasse o desafio. O falcão de Maurício precisou que outras aves chocassem seus ovos, e o elefante africano foi salvo porque o marfim caiu na ilegalidade. Seja como for, é importante saber que décadas de política ambiental produziram resultados.




1. Urso-panda
População: 1 400 em 1980; 2 500 em 2004.
Problema: Seu habitat, a selva de bambus, murchou com a urbanização acelerada da China.
Solução: A ong WWF criou projetos para ensinar a população a conviver com a espécie sem ameaçá-la.



2. Condor-da-califórnia
População: 27 em 1987; 223 em 2008.
Problema: Ocupação dos morros e poluição.
Solução: As aves tiveram de ser capturadas para criação em cativeiro. A população, ainda pequena, é aos poucos reintroduzida na natureza.



3. Búfalo-americano
População: 750 em 1890; 500 mil em 2008.
Problema: A conquista do Oeste.
Solução: Foram criadas reservas para os remanescentes, mas a ameaça só foi afastada quando se adotou a criação intensiva de búfalos em cativeiro.



4. Elefante-africano
População: 100 mil em 1970; 678 mil em 2008.
Problema: Caça predatória para extração do marfim - pra quem não sabe, vem das suas presas.
Solução: Proibição do comércio de marfim em vários países, além de muitas campanhas de preservação.



5. Falcão-de-maurício
População: 6 em 1975; 1000 em 2006.
Problema: Espécies invasoras.
Solução: Um pesquisador pôs um casal para cruzar no cativeiro, aumentou a fertilidade da fêmea e ainda importou falcões europeus para ajudar a chocar ovos.



       No Brasil

6. Veado-campeiro
População: 100 em 1980; 10 mil em 2005.
Problema: Caçado por espalhar febre aftosa, era, na verdade vítima dela.
Solução: Depois que recebeu um espaço especial no Parque Nacional das Emas (GO), outros estados seguiram o exemplo.



7. Mico-leão-dourado
População: 272 em 1992; 1 200 em 2007.
Problema: Seu habitat, a mata Atlântica, é extremamente ameaçado.
Solução: Reservas maiores, que prevejam o seu deslocamento. A meta é, até 2025, estabelecer 2 mil animais em liberdade.


8. Jacaré-de-papo-amarelo
População: 2 mil em 1980; 20 mil em 2007.
Problema: Outra vítima da destruição da mata Atlântica.
Solução: Em parte, preservou-se sozinho, fugindo para longe do litoral. E surgiram vários criadouros. Em Maceió tem um com 5 800 animais.



Fontes: União Internacional de Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, Ministério do Meio Ambiente, Associação Mico-Leão-Dourado, World Wildlife Fund e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais.

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